segunda-feira, outubro 17, 2005

- O quarto de Júpiter-

Já passa das 4h da manhã. A sombra descansa na janela. O vidro esfumado está ressoado, porque a temperatura desceu efusivamente. O quarto, esse, permaneceu acarinhado pelo calor do olhar de Inverno tardio. Ele já sabe as novidades. Descansa na velha calma da aurora e na almofada conselheira de um gesto tardio. Chora!Chora!Chora! Sufoca! Encolhe o olhar ao escorrer da lágrima submersa. Evidente. Penetrante, que flui serpenteada, sem rumo, mas aliviada de sufocar. O quarto de Júpiter podia estar vazio. Mas esta noite está pleno de sentido.

Sem comentários: