Império justificado pelo mito da palavra. Pelo fervor da fantasia como Atalanta perdura nos ecos de estórias não contadas, sonhadas, encenadas na nossa mente, expectantes por um momento que desencadeie o sonho. Eu anseio por uma porta de Babel. Por uma entrada que me leve para além do presente sabor a realidade e me carregue pelas frinchas para outro lado. Que me transporte pelas fendas frescas do tempo e me quede numa quimera de sol de semblante mais que luzidio: apaziguador. Anseio pela chave dessa porta; anseio por quem cinzele o ferro giratório de formas indefinidas que ama a fechadura da passagem para outro corredor. Talvez por encanto, a Porta de Babel se deixe seduzir. Se deslumbre, encantada, com a macieza do toque majestoso dessa chave impremeditada.
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