terça-feira, agosto 16, 2005

-O fim do luar-

Ele roubou-lhe um olhar furtivo quando a lua se preparava para brilhar de esguelha, por entre as estrelas celestes, teimosas, insinuantes e convencidas de plena beleza. Só que se esqueceu de lhe dizer. Não falou do amor, determinado na certeza da intuição. Ignorou o facto de ela, teimosamente, vaguear sozinha por entre as baladas sombrias do luar sem aviso, nem tino que se sugira. E agora ela queda-se assim, tristemente, sentada na berma de um passeio sem brilho, nem reflexo fugidio que possa contar à lua o mal de que padece. Reza a lenda que foi o fim do luar. O término secreto de um mito vazio.

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