há cabelos brancos.
esmalte desgastado.
estrias. pele a gelatinar.
há uma lenta agonia do corpo.
há um doce adormecimento de tudo isto.
há sangue arrebatado a correr-lhe nas veias.
há vontades, desesperos, solidões, fragmentos de agonia e sofreguidão.
há tristezas. autismo. há vazio. há isto.
há o balão que enche cá dentro e se vai.
há fumo, ar, estridências.
cordas que parecem amarrar o corpo.
há sistemas, esquemas, estratagemas, ulos gorgolejantes debaixo da terra a descansar com as raízes.
Ais, quero tanto mais, e não quer nada disso.
há supiros.
há homens e mulheres que nada disso são para serem melhores e mais.
há resquícios de nós, porque somos restos de alguma coisa que poderíamos sempre ser melhor.
há pedaços, sempre pedaços, e há suspiros, outra vez.
quero ser nuvem, sopra-lhe para que daí se vá..
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