Hoje, quero adormecer na calma desta cidade. Mergulhar, aos poucos, nos recantos de cultura. Nos suspiros dos reflexos urbanos, sobressaídos pela cor dos néons esfumados nos meus olhos. Quero sentar-me na poltrona negra do café antigo. Justificar os meus pensamentos com traços de História que respira. Observar o casal do lado que ainda agora começou a descobrir-se. Em meias palavras e pequenos gestos de cumplicidade. Quero pensar na calma da imagem que vejo. No sabor amargo da café que tomo. Hoje, quero deixar-me levar pelo sol que se espraia sobre a janela suja do autocarro. Olhar a cidade calma, por momentos, antes que volte a perder este sentir humano.
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