domingo, fevereiro 19, 2006

Passam cigarras, no caminho aflitivo de terra vermelha que ele esqueceu.
Passam fios de luz nas portas velhas do casarão altivo, que lá longe o pó corrói.
Rompem-se as correntes do portão estanhado.
Estilhaçam-se os vidros frágeis com o roçar do vento nas frinchas debilitadas.
Quebra-se o brasão. Ardem as folhas. Secam as árvores.
Resta-lhe o jardim sombrio; assombrado pela memória do sonho que perdeu.


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