quinta-feira, maio 05, 2005

-Largo da Inveja-

Olhou com desdém o sopro atribulado do lenço no regaço. Era, por certo, um recato de mulher: gestos aprumados, delicadeza e alguma fineza quando recolhia os pés para se sentar. A fonte declinava um regozijo por ela. O vento dançava em torno dos ombros. O ar sustia a respiração para a mirar.
Quando chegava a meia tarde, o sol escondia o calor e, corado de sortilégio, escondia a mulher que amava...

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