segunda-feira, abril 28, 2008

Um pouco mais!

Abres a porta como se o ar fosse acabar! Puff! Um instante: o telefone tocou! A campainha. Nunca ninguém te entende sopro meu! Falas como se quisesses fugir do vento! Querias que o mundo tivesse quanto tempo afinal? Há pedacinhos, assim, que nos esquecemos dele! Vamos fazê-lo parar, de novo? Como se faz? Abotoas o casaco, como te agasalhas da vida. Talvez devesses apanhar mais resfriados de quando em vez, para saberes que a febre pode ser um bom delírio. Ou que eu, ou que tu! Arrepias-te com este calor? Suor frio de medo... Como as rosas sem espinhos! Sem piada! Deixa o telefone! Já não escreves cartas! Nem lambes os selos com a saliva da ansiedade! Deixa-me entrar! Range a fechadura. Ainda estou lá dentro quando espreitas?

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