terça-feira, setembro 23, 2008

Está quente
A chuva treme lá fora
O inferno arde no gelo de humanidades
Balde de equívocos, espelhados
Há um esgaçar qualquer que vem das entranhas
Ou são apenas estranhas memórias de rigidez
Já não há quem gema assim
E as cadeiras em que se senta rangem sempre
Um adormecimento bélico
De convulsivos rasgos bravos
Sorvidos em vidas gastas
Tempo morto, absorto, abortado!
Ex-pele!
Se ele parasse! Como pára!
Como se prostitui em caracteres humanos
Pérfidos malandros
Há malandragens assim – como o fumo de cigarro
Esvoaçantes, gaguejadas em mentiras
Baú de mentiras – bruxuleantes intrigas contadas
Até serem verdade…
Quanto vale uma verdade?
Há mentiras vendidas ao quilo
Inverdades são genéricos mal compostos
Corruptas vísceras em revolta congestão
E o vómito, senhores, é a purgação
Para esta nauseabunda humanidade!

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