segunda-feira, julho 28, 2008
Gosta de janelas sem cortina. De janelas, simplesmente. De dormir de luz apagada e janela aberta para ver a lua lá fora. Há dias em que é mais sol. Não acorda sem olhá-lo. Há noites em que é mais lua. Não adormece sem se aconselhar. Há outras fases assim-assim em que ele é mais luz, quer seja noite, quer seja dia, ainda que feche os olhos e deixe de vê-la, para imaginá-la. Ele é luz, simplesmente. É todas as janelas por abrir até fazer um dia, antes de parir a noite. Nunca se encontra, mas também nunca se perdeu. Fica suspenso na insónia desse sono, ou no fechar de olhos dessa dormida sem abraço, e do abraço sem dormida. Não importa. Ele gosta de janelas sem cortinas para imaginar que um dia poderia morar na lua, se é que ela já não mora nele!
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