quarta-feira, julho 15, 2009
Acordei em território alheio. Não era eu, ou seria? Misturei as pegadas para que não se percebesse, mas nada reconhecia. Nem as folhas misturadas no jardim, nem o verde-forte-entranhado no chão como tapete colado ao taco que outrora a moda escondeu. O céu, as sensações, a pele aguda e as mãos de texturas finas, acabadas de receber o frio que queria dormir gratuito nas reentrâncias do calor das impressões digitais tesas como paus acabados de secar ao sol. Vi roupa a secar. Não era a minha. E roupa a secar diz por onde andaste nos últimos passos. Não foi por ali. Nada sei sobre territórios alheios, que não têm estradas para o meu. Seria? Era tudo tão silencioso, até o vento entrar assobiando. Não gosto de territórios alheios com vento, pois levam as folhas que faltam secar. Não gosto de territórios alheios com frio, pois minguam-nos o olhar... Gosto de passos incertos e de ir aos territórios alheios quando eles me levarem, sem que olhar me mingue, sem que as folhes me sequem, e sempre que o caminho deslize até lá...
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