Condensado, como quem sobe a montanha.
Perdido, no epicentro magnético que trava.
Gelado nas entranhas dos pensamentos que não saem. Caem, por isso, montanha abaixo sem fôlego.
Contrariado, respondendo às agruras da aspereza da negatividade do pico das cordilheiras que ainda permanecem em nós. Cada um. Sopro a sopro. Subida a subida, sem descidas.
Até que jaz lá em baixo, rarefeito, sem oxigénio. Até ao último suspiro resvalado. Grasna, como um bip intermitente. Mistura-se com os olhos. O corpo arrepiado. Boca amordaçada. As palavras presas pela velocidade dos movimentos presos.
Não conseguimos vencê-lo – será que queremos? -, ininterruptamente.
Ainda somos pesados, para que nos leve com vida.
E se pudéssemos com ele flutuar, ainda que gelados, perdidos, condensados, talvez não seríamos tão sós, tão nós!
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