Penso em ti a noite inteira
numa insónia não vencida
seguir sozinho uma ideia
os lugares da tua vida
Na penumbra a luz dum verso
que deixou de ter sentido
dominó, enciclopédia
horas de um tempo perdido
A tua mão a passear
tomba o aparo, gesto de espera
ventos de guerra,
dado a rolar ecos dispersos ,"Rosas de Ermera"
O homem que passa subiu a montanha
caminha sem pressa, sem santo nem senha
o som dos sapatos, a linha da vida
a cor do tinteiro, derrama a saída
A noite já desceu à terra
no seu ventre se enrolou
pousou na melancolia
de um dia que já passou
Já te disse o que não digo
numa verdade mentira
há um som breve que vive
numa palavra que gira
Composição: João Afonso Lima
(http://joao-afonso.letras.terra.com.br/letras/490603/)
1 comentário:
Como você disse, na hora certa viria o teu comentário. De certa forma a citação da letra já significa que ela te tocou por algum motivo. Espero por mais comentários, inclusive sobre meus versos e contos.
Beijo
Cássio
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