terça-feira, abril 19, 2011

sufocam-se os ares

quanta asfixia que ali vai, na praia
entre mares arrebatados que explodem fúria em areias dormentes
e como refulgem os mares dentro de mim
e como refulgem...
e como se engolfam em ares asfixiados
espremidos, sufocados
hei-de um dia gritar até ser fim
hei-de um dia bramar a fúria que corre dentro, assim
para ser mar, para ser mar
para ser um deserto sem fim
para ser um ar aliviado da fúria que me arranca a sim
fora de mim, sempre, fora de mim
por ser mar, por amar, por um dia também ter querido
refulgir, enfim