sexta-feira, maio 30, 2008

Quente#Frio


"Take me out", Franz Ferdinand!!!

Hoje sinto-me assim! Em frequência Franzzzz Ferdinand...Revisitando os senhores do rock alternativo da terra de saias...Cocktail de pós-punk, indie rock, art rock e pop...com uma cereja de new wave!Acho esta música genial!

quarta-feira, maio 28, 2008

terça-feira, maio 27, 2008



Impossível ficar quieta com esta música!

segunda-feira, maio 26, 2008

Venda-me os olhos. Guia-me devagarinho. Pode ser com o silêncio. Ou o rasar dos pés no chão. Descalça? Mais à direita. Segue. Está escuro. Mas há luz depois da venda. Menos do que quando fecho os olhos. Que deixa respirar às apalpadelas. No ar.
Cheira a alecrim. Tombam pingas aceleradas. Água escorrida. Em ciclo. Folhas verdes. Flores doces. Cimento. Madeira velha. Madeira verde. Musgo. Fetos. Pedras. Granito. Perfume. Pele. O chão é mais sinuoso às cegas. Quantas vezes se ouve respirar? Vira o corpo à esquerda. 90 graus. Vai. Mais um pouco à direita. Cuidado. Pára. Inclina-se para a frente. À esquerda. Mais um passo à direita. Viraste demais! Pausa. Subiste o degrau. A inclinação. O declive do piso assimétrico. Um buraco. A calçada falha. O chão é duro. Agora mole. Pisaste a relva. É fofo! O pé procura conforto. Equilíbrio. Agora as mãos baixam. Só a voz. E o corpo que vai. E se rebolasse? Confias? De venda nos olhos? Sem luz. Só com o calor do sol a dar-te na cara. E nas mãos baixas. Não há sombra quando os olhos não vêem. Nem verde, nem água. Cheiro deles! Aromas em coquetel. Patos, na água, a debicarem. As asas a bater. A árvore tem rugas profundas. Fissuras finas. Perdes o equilíbrio em segundos. Sem vertigem! Os olhos não a distinguem! O ar está doce. Pode ser das flores que não sabes o nome. Caminha para trás. Quatro passos. Baixa-te. Como sabias que tinha um banco? Marcas de tempo. Tinta estalada. Cascas. Ouves o “craque”seco a cair. Áspero. Ainda não terminou. Ergue-te. Tendes a caminhar para a direita. Como podes saber em que direcção caminhas? E o chão tem declives que não percebes. De olhos desvendados. Passou uma mulher. Nunca um homem com aquele cheiro. Tem pó aqui. Uma placa. O pé desliza devagar nele. Sobe. Baixa. Não é por aí. Debruça o corpo mais à direita. Um passo mais ao lado. Agora tendes a virar à direita. Não tens linhas rectas. Ouves demais a minha voz. Vou-me afastar. Sem influências. Podes estar perto, mas não demasiado! Que mais sentes? O chão, sempre o chão. Declivoso. Mas os cheiros não se misturam. São por si só. Não percebi de olhos abertos. Há muitas que não percebes se não vendares os olhos. Não basta fechá-los. Tens de os pôr a dormir, para ver!

terça-feira, maio 06, 2008

Será que vertigem ao contrário tem menos efeitos secundários? Será que os efeitos secundários causam menos vertigens?
Gostas do rodopio das folhas. Do cheiro da chuva. Das palavras que não se dizem. Que te sussurrem ao ouvido como se fosse o último trago de vinho. Dos olhares que nunca mais vês porque não esperam nada de ti. Dos lábios em almofada. Do vento que te bate na cara, como se fosse a última carícia. Gostas das coisas simples que ninguém vê. E que aos olhos dos outros são assim tão complicadas. Tão sem significado. Gostas dos baús vazios para encheres de tralhas pequenas. E, afinal, és tão simples de preencher. E nunca ninguém chega lá! Como se te tivessem trancado num quarto, onde, de vez em quando, alguém entra pela janela sem cortinas. Pedem-te que a abras, como se não vissem que nada lá está. Porque ela está aberta.
Ainda esperas a vertigem? Ou a alucinação dos efeitos secundários?