sexta-feira, outubro 28, 2005
- O tavão aniquilado-
quinta-feira, outubro 27, 2005
[-Uivar da Aurora-]
quarta-feira, outubro 26, 2005
- O alter ego do capitão-
Reza a mulher de contas negras, que a bela de saia branca e liga preta - farta em peles de peito e aprumada de pernas e ancas - não se deixou perder de amores pela frugalidade de um amor à capitão, que sem porto e guarida, vagueava itinerante pela rama, sem raízes. Mais conta a mulher de contas negras, sabida e envolta num véu rendado, que usava para esconder uma beleza casta, que a rapariga de saia branca se apaixonou por dom Liberto, o pescador, homem da terra e irmão do capitão.
segunda-feira, outubro 24, 2005
-Partida-
segunda-feira, outubro 17, 2005
- O quarto de Júpiter-
sexta-feira, outubro 14, 2005
-Nobel da Literatura-
sábado, outubro 08, 2005
Estou mais além da solidão constrangida,
Que se perde no rosto do juízo terminal. Sem fé.
Infinitamente só e irreal.
Estou para além das querelas fingidas.
Do jeito fugidio da lobrigada investida da crença.
São vozes que se perdem cá dentro,
No recesso manietado da intempérie das palavras.
Fundem-se em querelas vorazes, sujeitas à inflectida
Cadeira judicial do tempo inflexível.
Imperdoável ao desleixo tardio, pueril e esquecido.
Não interessa. Deixa-se para além da mais crua certeza fingida.
Da realidade que não sente. Não sabe, não conhece.
Como se esquece! Como se retira da vida com o sonho.
Com a indemnização tardia de um sopro de pensamento que outrora superava.
Meretriz voz que o arranca à raiz insaciável, altiva, soberba!
Casta lividez! Como se o manto que enrola a pele tivesse algo de novo!
Fluência! Parte soprada pelos ares vencidos, tolhidos pela imensa estupidez.
Quando dobo os queixumes sei que estou mais além.
Para lá do isolamento brutal da insipidez. Sentes?
@ copyright Vanessa Rodrigues
sexta-feira, outubro 07, 2005
-Os delfins foragidos-
segunda-feira, outubro 03, 2005
-Fabricadores de Sentimentos-
Enaltecido, deixou-se emaranhar no novelo fugidio (volátil, incerto, inseguro, voraz, silencioso) do murmúrio aflito do segundo passado (com medo de o agarrar).
Dessa vez sorveu, lânguidamente, a melancolia submersa da nuvem passageira (que transportava a carga simbólica do suspiro).
E agora por que sussurram os homens, se a neve deixou de ter a frieza natural, para se apresentar como uma vontade dos fabricadores do clima?
Ele anseia pela mutação sincera de um outro elemento, na forma sensível dos afectos. Ele anseia que os fabricadores de sentimentos surjam com urgência para que não tenha de sofrer as intempéries da condição humana.